Arquitetura e conexão

Projetos de coworkings: espaços modernos e criativos favorecem as ligações profissionais

A chegada das novas gerações, cada vez mais conectadas e impactadas pelas novas tecnologias, tem feito com que o ambiente profissional passe a ser um fator que impacta cada vez mais no bem-estar. Na busca pela solução ideal, o importante é entender que a decisão mais assertiva está muito mais relacionada às necessidades específicas de cada equipe ou de cada empresa do que com uma verdade única que se funcione para todos. Um estudo recente sobre o tema, realizado pela Harvard Business Review (HBR), apontou que o objetivo desse tipo de ambiente deve fazer com que as pessoas certas interajam com a intensidade certa e no momento certo. O estudo mostrou, ainda, que a tecnologia é uma grande aliada da arquitetura para testar suposições e entender como os profissionais realmente se conectam. Quando em poder de dados concretos, necessários para provar ou refutar teorias, o design físico e virtual do local de trabalho pode (e deve) se tornar um processo contínuo e mais assertivo.

A WeWork, uma das redes de coworking mais conhecidas do mundo, tem como foco justamente essa lógica, com a finalidade de melhorar os resultados e a projeção de suas unidades, sempre com base na ótima experiência do usuário. Para isso, e empresa conta com uma equipe própria de arquitetos e designers. Com isso, já são mais de 25 espaços de trabalho espalhados pelo Brasil que seguem um padrão de design global, mas sem deixar de levar em conta aspectos culturais e locais de cada uma das regiões. “Respeitamos uma direção de projeto global que é aplicada a todos os nossos edifícios, para que a experiência de trabalhar na WeWork seja semelhante, seja em Tóquio, em Nova Iorque ou em Buenos Aires. No entanto, os fatores locais são sempre incorporados na concepção, porque as diferenças culturais entre países têm impacto elevado na experiência final, a começar pela ideia principal do projeto, passando pela escolha dos materiais, pelos métodos de construção e, até mesmo, pela arte aplicada nos edifício “, afirma Matias Lloveras, Creative Director da WeWork para a América Latina Sul.

Recentemente, a empresa inaugurou a primeira fase da sua primeira unidade em Porto Alegre (RS), que já conta com 300 posições de trabalho e até fevereiro de 2020 somará 700. A nova unidade faz parte do processo de expansão da empresa no Brasil e coloca a capital do Rio Grande do Sul no mapa das mais de 100 cidades no mundo que contam com a presença da WeWork. Com obra executada pela Sempre Engenharia, a unidade em Porto Alegre recebeu um projeto arrojado. Sustentável e com espaços automatizados. Com cerca de 3.400 m² de área, o projeto contou com paredes de isolamento acústico, anulando possíveis problemas de ruído ou intervenções externas, com foco na privacidade dos usuários que precisam trabalhar desta forma.

“Na WeWork, temos a possibilidade privilegiada de testar os nossos espaços em tempo real e melhorá-los constantemente, e essa é uma das chaves para proporcionar uma boa experiência para os usuários. Por meio das nossas equipes de pesquisa e da tecnologia aplicada ao uso diário dos nossos edifícios, recebemos dados sobre a forma como as pessoas interagem quando entram nos nossos espaços, quantas vezes por dia é utilizada uma determinada sala de reunião, quantas pessoas utilizam uma despensa, quais são as hora do dia mais movimentada nos nossos espaços de uso comum, etc. Esta troca entre informação de uso e design é o que nos permite melhorar constantemente os nossos edifícios, satisfazendo as necessidades particulares de cada mercado e de cada usuário, aumentando a eficiência operacional e melhorando a experiência”, afirma Lloveras, que liderou o time de arquitetos responsável pelo projeto da unidade gaúcha.

Essa atenção com a experiência do usuário é justamente o que permite as discussões sobre a mudança disruptiva na forma como a empresa projeta seus espaços. Os profissionais de arquitetura têm, normalmente, uma abordagem sobre design voltada lado formal: desenham espaços, volumes e percursos. É uma discussão que, embora leve em conta o usuário, é centrada no produto. Ao projetar um escritório, uma casa ou qualquer outro edifício, imagina-se a forma como este espaço será utilizado e, uma vez que o trabalho é entregue, é possível checar se a necessidade de uso foi efetivada. No entanto, não há informações sobre as mudanças que ocorrem durante a vida do edifício. Na WeWork, conforme explica Lloveras, os times utilizam uma abordagem centrada no usuário, o que só é possível graças à coleta de informações confiáveis e concretas sobre o uso do edifício ao longo do tempo. Assim, a discussão espacial e formal é mantida, mas também é alimentada por informações atualizadas sobre a interação real dos usuários com os espaços.

Para o diretor, a evolução do desenho do espaço de trabalho sofreu grandes mudanças ao longo últimos anos, como resultado da incorporação de tecnologia. Em uma primeira etapa, de maneira geral, os escritórios foram transformados em lugares menos rígidos, graças ao uso de laptops e celulares, o que possibilitou portabilidade e maior liberdade de movimentação dentro dos edifícios.

Em uma segunda etapa, Lloveras afirma que a WeWork implementou uma mudança radical na discussão arquitetônica dos seus espaços. “Não nos perguntamos mais se os espaços devem ser mais abertos ou mais fechados, mais flexíveis ou menos flexíveis. Para gerar mais produtividade, devemos nos concentrar na interação das pessoas dentro do ambiente. As pessoas, como seres sociais, procuram rodear-se de outras pessoas. Entender isso é algo que resulta na concepção de espaços com níveis de bem-estar mais elevados para os usuários”, conclui.

Este conteúdo foi desenvolvido pela equipe da WeWork, a convite da Sempre Engenharia, empresa responsável pela execução da obra da unidade de Porto Alegre.

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