Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #008

Apresentamos abaixo as principais e mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo nesta segunda semana de janeiro, além de artigos com temas relacionados.

Com devoluções e home office, número de imóveis comerciais vagos aumenta em 2020 e tendência segue de alta

13/01 – G1

Com a pandemia de coronavírus, o número de imóveis comerciais vagos aumentou ao longo de 2020 nos maiores centros urbanos do país e a tendência permanece de alta, segundo levantamento da consultoria Buildings, que monitora o mercado imobiliário brasileiro.

A chamada taxa de vacância, que calcula o percentual de imóveis vazios, que no 1º trimestre do ano passado (pré-pandemia) estava em 13,32% e em trajetória de queda na cidade de São Paulo, saltou para 17,29% no 4º trimestre – o maior patamar desde o 1º trimestre de 2019 (17,47%). O índice considera os prédios de escritórios de todos os tipos (classes A, B e C).

Já no Rio de Janeiro, a taxa de imóveis vagos subiu de 22,22% no 1º trimestre de 2020 para 24,05% nos últimos 3 meses do ano, novo recorde histórico, superando a marca registrada no 4º trimestre de 2017 (22,99%). Entre os imóveis classe A, o percentual foi ainda maior: 39,98%.

De acordo com Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, o aumento do número de escritórios vagos é reflexo direto da crise trazida pela pandemia, que fez crescer o número de devoluções de áreas ocupadas e de rescisões de contratos de aluguel.

“É puro impacto de pandemia. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2020 a expectativa era que a vacância baixasse para a casa de 10%. Daí veio a pandemia e quebrou o ciclo, que era de queda. Agora, tivemos essa inversão e temos um ciclo de alta de vacância”, afirma.

Lojistas lançam campanha ‘não consigo respirar’ por reajuste em alugueis

12/01 – Folha de S.Paulo

A associação que representa os donos de pequenas lojas em shoppings lançará a campanha #NãoConsigoRespirar, que pede a substituição do IGP-M (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que teve alta de 23,14% em 2020) pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) como base do reajuste dos alugueis.

“É como se estivéssemos com uma corda no pescoço”, afirma Tito Bessa Jr., presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites, referindo-se às dificuldades de faturamento e funcionamento enfrentada por lojistas devido à crise gerada pela Covid-19. A campanha também pedirá a suspensão da cobrança do 13º aluguel das lojas.

E-commerce em alta impulsiona startups de logística no Brasil

12/01 – Estadão

As vendas online cresceram 47% no primeiro semestre de 2020, segundo estudo feito pela Ebit Nielsen em parceria com a bandeira de cartões Elo. Essa é a maior alta nos últimos 20 anos e ela foi impulsionada pelo fechamento forçado de lojas físicas, por conta da pandemia do coronavírus. Apesar desse avanço, a mudança também expôs a dificuldade de pequenos e médios empreendedores com a logística.

Fragmentação do mercado de transporte é um desafio, diz Marcelo Fujimoto. Foto: Márcio Bock/Divulgação

A pesquisa mostra que a média de tempo de envio de encomendas foi de 11,3 dias, maior que os 10,6 dias observados no mesmo período do ano passado.

Por isso, empresas intermediadoras, como as logtechs (ou startups de logística), passaram a ser mais procuradas para ajudar empresas a gerir as entregas.

Esse modelo de negócio se concentra em cobrar uma taxa para recolher encomendas em diversos e-commerces e depois selecionar e organizar diferentes serviços de transportadoras para enviar as compras aos clientes.

As startups são responsáveis por todo o processo logístico da venda e, como trabalham com grande quantidade de produtos e vendedores, conseguem barganhar os valores de fretes e definir melhores estratégias de trajetos e entregas. Também podem se responsabilizar pelo gerenciamento de reclamações de clientes.

Vacinação garantirá retorno dos funcionários aos escritórios até o final do ano

09/01 – Money Times

O diretor-presidente do Goldman Sachs (GS), David Solomon, disse que espera ter todos os funcionários de volta aos escritórios até o fim do ano, à medida que a distribuição das vacinas aumenta.

CEO do Goldman Sachs(Imagem: Photographer: Takaaki Iwabu/Bloomberg)

“O grande foco agora é que temos que vacinar as pessoas — temos que ir para o outro lado”, disse Solomon em entrevista à Bloomberg Television nesta semana.

“Eu certamente esperaria muitos funcionários do Goldman Sachs de volta por completo até o fim do ano. Vamos superar isso, e estou realmente esperançoso de que, ao longo dos próximos seis meses, veremos uma melhora real.”

CEO do Goldman disse estar animado pela quantidade de vacinas produzidas, mas é preciso encontrar maneiras flexíveis e eficientes de distribui-las, o que, segundo ele, será o maior desafio do governo do presidente eleito Joe Biden. Além das ações do governo, o setor privado pode desempenhar um papel na aceleração da vacinação, afirmou.

“Ainda há trabalho a ser feito”, disse. “E, depois de lidarmos com a vacina e com o vírus e as pessoas se sentirem seguras, ainda teremos que lidar com as consequências econômicas das paralisações e com o impacto da pandemia sobre nossa economia.”

Fundos imobiliários podem passar de 2 milhões de investidores

07/01 – Valor Investe

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) amargaram um desempenho médio negativo em 2020, mas gestores e analistas veem um novo ano bem mais promissor para a categoria. Há, por exemplo, perspectiva de manutenção do ritmo de crescimento da base de investidores que pode até dobrar novamente. Isso após ter superado a marca histórica de 1 milhão de pessoas físicas só no mercado listado.

Os “yields” (ou “dividend yields”), ou seja, o retorno com os dividendos pagos também tendem a subir, na visão dos especialistas.

Outra boa notícia é a possibilidade de recuperação de preços no médio prazo das cotas de fundos especializados em áreas mais atingidas pela pandemia, como shoppings e lajes corporativas.

“O mercado pode terminar 2021 com uma base de 2 milhões a 2,5 milhões de investidores pessoas físicas [dos fundos listados]”, afirma a sócia e chefe de relação com investidores da Habitat Capital Partners, Juliana Pedroza.

A especialista afirma manter uma boa perspectiva para 2021 na comparação com o ano passado, “porque mesmo com uma segunda onda [de covid-19] mais extensa o mercado está mais preparado para eventuais cenários”.

O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (Ifix) apresentou um recuo de 10,24% no ano passado ante uma valorização de 2,92% do Ibovespa em 2020. Mas se for considerada apenas a distribuição mensal de dividendos, em geral, oriundos de receitas de aluguel, o retorno médio dos componentes do indicador da B3 alcançou 6,37% no ano passado, nos cálculos da gestora de recursos Valora. Apesar de negativo, o resultado do referencial de FIIs embute um forte potencial de avanço neste ano.

PL cria auxílio para trabalhador que estiver de ‘home office’

06/01 – Isto é Dinheiro

Com o crescimento do número de trabalhadores no sistema “home office” por conta da pandemia, o Projeto de Lei (PL) 5341/20 institui o auxílio home office. O benefício estabelece que o empregador subsidiará despesas do trabalho na própria residência.

A proposta prevê que o auxílio seja pago sempre no mês posterior ao que o empregado comprovou as despesas, preferencialmente junto com o salário. Pela legislação, as despesas previstas relacionadas ao trabalho são: internet, energia elétrica, softwares e hardwares e infraestrutura necessária ao trabalho remoto.

De acordo com a Agência Câmara, o projeto planeja que o empregador contribua com 30% destes gastos. O texto estabelece ainda que o benefício concedido não tem natureza salarial e nem se incorpora à remuneração, bem como não incide contribuição previdenciária nem de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O autor da proposta, deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA), avalia que o objetivo do projeto não é repassar todo o ônus das despesas ao empregador, mas que o custo também não fique apenas para o empregado.

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Mercado de escritórios em 2021 – Números atualizados e perspectivas

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