Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #179

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 17/05/2024 a 23/05/2024, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Mercado de galpões logísticos: dá para crescer mais em 2024?

22/05 – Revista Buildings

O mercado logístico no Brasil é dinâmico e vital para movimentar a economia do país. Apesar dos grandes desafios econômicos dos últimos tempos, a demanda por serviços logísticos para mover mercadorias dentro do país foi na contramão.

O comércio eletrônico, por exemplo, tem crescido significativamente nos últimos anos. E as gigantes do e-commerce estão aí para mostrar o quanto o cenário é promissor.

A exemplo disso, como já trouxemos em conteúdos recentes, após um crescimento expressivo entre 2020 e 2021 (auge da crise sanitária), o mercado de galpões e condomínios logísticos no Brasil teve de se provar nos anos seguintes.

Por conseguinte, um dos questionamentos do setor era em relação à capacidade de evolução, com crescimento real nos valores de locação dos galpões, taxa de vacância em níveis controlados, entre novos desafios operacionais.

Contudo, o setor tem provado sua autonomia e força.

Tanto é que os resultados que o mercado de condomínios logísticos brasileiro apresentou no 1T de 2024 são, mais uma vez, positivos e promissores.

Indicadores importantes

Um dos indicadores do setor — a quantidade de imóveis — já ultrapassa a casa de 1.000 empreendimentos. Isso representa atualmente 35,6 milhões de m² entregues em todo o país (segundo dados da Buildings).

Além disso, o setor de condomínios logísticos ainda possui 4,2 milhões de m² em construção e mais de 23 milhões de m² em projeto.

Já em relação à taxa de vacância — um dos principais indicadores do setor —, apesar do grande volume de novas entregas, não preocupa os players.

O setor logístico tem absorvido bem as novas construções (muitas delas pré-locadas em sua concepção). Atualmente possui apenas 9,7% (1T/2024), um resultado muito positivo.

Além disso, o novo estoque entregue apenas no 1T/2024 corresponde a 527 mil m² em detrimento de 513 mil m² de absorção líquida positiva.

Para uma análise completa do setor, leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings.

FIIs de shopping lideram captações desde o ano passado

21/05 – Bora Investir

 Desde o segundo semestre de 2023, os fundos imobiliários de shoppings levantaram cerca de R$ 7 bilhões em novas emissões de cotas ou novos FIIs.

Segundo Rodrigo Selles, da Genial, foi o segmento que mais cresceu.

Durante evento, Selles discutiu as perspectivas para o segmento de FIIs de shopping com Isaac Marcovistz, da BB Asset, e Alexandre Machado, da Hedge.

Alexandre destacou que, além do grande número de novas follow-ons, as emissões têm sido expressivas.

“Um fator que explica isso é a performance que o segmento teve no ano passado”, diz.

“O IFIX rendeu 15,5%, e os FIIs de shopping renderam quase 32%. Certamente isso acaba por motivar investidores a participar dessa classe”, completou.

Marcovistz concordou que o momento está favorável para captações. “As condições de mercado e econômicas favorecem a colocação de novas ofertas”, disse.

Fundo imobiliário de shoppings

A gestora lançou neste mês um fundo imobiliário de shoppings, com a captação de mais de R$ 900 milhões. “Os FIIs vêm mostrando resiliência e a velocidade de recuperação do segmento pós-pandemia foi importante”, afirmou.

Para Machado, o desempenho recente do segmento de shoppings mostra a capacidade de adaptação da indústria brasileira. “Vemos empresas gringas que vêm para o Brasil olhar benchmark”, comentou.

Ele lembrou, no entanto, que os momentos mais favoráveis para emissão, quando as gestoras conseguem grande demanda pelas novas cotas no mercado, “geralmente são associados a momentos de maior escassez de bons ativos”, um ponto que merece atenção. “Mas o mercado de ativos ainda não foi inflacionado, acho que teremos uma boa safra [de captações]”.

Atualmente, o fundo lançado pela BB Asset ainda mantém 100% do capital em caixa.

O objetivo, segundo Marcovistz, é adquirir participação em shoppings já mais estabelecidos e que estejam gerando receita. “Tudo depende do perfil do fundo que se quer colocar no mercado. Nosso objetivo é buscar ativos de maior porte”, disse.

Faria Lima continua atraindo empresas

21/05 – Revista Buildings

Conhecida por sua infraestrutura moderna e sofisticada, a Faria Lima é uma das principais avenidas de São Paulo, além de ser um importante centro financeiro e comercial da cidade.

Localizada na Zona Oeste da capital, a Faria Lima se destaca por sua concentração de empresas de grande porte, como bancos, instituições financeiras, e startups de tecnologia, sendo frequentemente comparada ao Wall Street de Nova York ou à City de Londres.

A exemplo da pujança da região, o resultado de absorção líquida positiva apresentado apenas no 1T de 2024 atesta o quanto a região continua atraindo boas empresas.

Nesse sentido, conforme dados da Buildings, a região da Nova Faria Lima apresentou mais de 11,5 mil m² de absorção líquida positiva apenas no 1T de 2024.

Ou seja, em apenas três meses, a região mais que duplicou sua absorção positiva se comparada ao 4T de 2023. No trimestre anterior, o resultado foi de 5 mil m² positivos.

Considerando o histórico da região desde 2021 (quando a pandemia estava intensa no Brasil), os resultados de absorção líquida também foram positivos.

Com isso, ao contrário do que pode imaginar, mesmo com a taxa de vacância baixa na região, ela continua sendo atrativa para diversas empresas.

Já em relação ao Universo de empreendimentos Classe A (os mais cobiçados pelas empresas), houve absorção líquida positiva no 1T de 2024 de 4,7 mil m².

Se comparado ao 4T de 2023 — negativo em 5,4 mil m² — o indicador não é uma grande preocupação, já que foi quase compensado.

Shopee inaugura 2 novos hubs logísticos no Nordeste

21/05/2024 – Portal Nosso Meio

A Shopee, marketplace que conecta vendedores, consumidores e grandes marcas, acaba de inaugurar um hub logístico em Garanhuns (PE) e outro em Caucaia (CE).

Esses hubs, que funcionam no modelo de última milha, agilizam o processo de roteirização e entrega das mercadorias aos compradores. 

Em Pernambuco, a Shopee já tem um Centro de Distribuição na região metropolitana de Recife e 6 hubs de última milha. Já no Ceará, conta com um galpão em Fortaleza para primeira e última milha.

A abertura desses novos espaços proporcionará uma experiência de compra online ainda mais veloz e eficiente para os clientes.

A Shopee reafirma seu compromisso em investir em iniciativas que melhorem a experiência de compra online, ampliando sua presença física para garantir entregas mais rápidas e confiáveis aos clientes.

No total, a Shoppe conta com 11 centros de distribuição, localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás e Rio Grande do Sul – inaugurados em fevereiro e março, respectivamente. Além disso, são mais de 100 hubs logísticos de primeira e de última milha, todos exclusivos para produtos de lojistas brasileiros.

De olho em grandes empresas, WeWork desenvolve escritórios privados

23/05 – Estadão

Desde que a cidade de Nova York assistiu ao nascimento da WeWork, a empresa se tornou um dos grandes símbolos do coworking e de espaços físicos compartilhados.

Quase 15 anos depois da fundação, a companhia agora se volta para a venda de andares inteiros para grandes e médias empresas. O objetivo é atender uma movimentação que se intensificou no mercado imobiliário depois da pandemia.

A WeWork notou que o período de instabilidade global fez com que as companhias passassem a buscar contratos menores e modelos mais flexíveis.

“Os contratos tradicionais determinam vínculos longos, de 15 anos ou mais. A nossa proposta é permitir que este tempo caia para uma média de 24 meses. Cerca de 25% dos nossos clientes firmam contratos de 18 meses”, contextualiza Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina.

Solução é focada na negociação de andares inteiros

Batizada de WeWork Corporativo, a nova solução é focada na negociação de andares inteiros dos prédios da companhia.

“Sempre tivemos grandes empresas conosco, mas, por vezes, elas negociavam contratos temporários, enquanto realizavam obras em suas sedes”, observa Woods.

Na prática, a iniciativa tenta mesclar a privacidade de um prédio comum com a flexibilidade contratual de escritórios compartilhados.

Para isto, foram gastos mais de R$ 5 mil para a adaptação de cada metro quadrado destes novos espaços.

A CEO entende que o novo modelo responde à transformação na maneira como trabalhadores e empresas se relacionam com o ambiente de trabalho.

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