De acordo com os dados da Buildings, o setor logístico no Brasil teve um grande desempenho durante a pandemia de Covid-19. Para se ter ideia, apenas nos dois primeiros anos da crise sanitária, o mercado ganhou o acréscimo de quase 5 milhões de m² de novos galpões.
No Brasil, atualmente são 778 condomínios logísticos prontos para ocupação. Isso totaliza 33,6 milhões de m² de estoque total. Além disso, ainda há mais de 4,1 milhões de m² de atividade construtiva no 3T de 2023. E mais 21 milhões de m² em projeto.
Quanto à taxa de vacância, ela caiu de 9,12% no 2T para 8,72% no 3T de 2023.
Já a absorção líquida, conforme dados CRE Tool, saiu de 612 mil m² no 2T de 2023 para a casa dos 700 mil m² no 3T de 2023 (todas as classes).
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Mercado logístico Classe A de São Paulo supera cidades da América Latina
Em São Paulo, o maior polo industrial do Brasil, o setor logístico e industrial pulou de 167 condomínios classe A no 2T de 2020 (início da pandemia) para 207 condomínios classe A no 3T de 2023. Isso representa 13,4 milhões de estoque total, com 1,8 milhão de m² de atividade construtiva (3T de 2023).
A taxa de vacância sofreu um leve aumento no período: saiu de 10,44% no 2T de 2023 para 10,71% no 3T de 2023.
Na esteira deste bom desempenho, notícia da Folha de S.Paulo aponta que São Paulo fechou o primeiro semestre na liderança entre as cidades da América Latina com o maior saldo entre as devoluções e contratações de galpões industriais e logísticos de alto padrão.
Esse indicador se refere à absorção líquida, e é medido trimestralmente.
De acordo com a consultoria imobiliária Newmark, a perda de dinamismo da economia em alguns países afetou o desempenho imobiliário neste segmento. Isso levou a uma queda na absorção líquida acumulada em nove cidades.
No comparativo, o total de espaço ocupado em São Paulo foi de 637 mil m², quase o dobro do registrado em São José (Costa Rica), com 346 mil m², e Bogotá (Colômbia), com 246 mil m².
Em relação ao estoque total, São Paulo perde apenas para a Cidade do México. Na capital paulista são 13,03 milhões de m², ante 13,90 milhões de m² da cidade mexicana.
Por outro lado, São Paulo é líder isolada em construção de galpões, com 1,39 milhão de m². Por outro lado, o Rio de Janeiro é a cidade com o menor registro de novos espaços a serem disponibilizados nos próximos meses — cerca de 20 mil m².
Ainda de acordo com a Newmark, o metro quadrado mais caro para locação entre as cidades está em São José (Costa Rica), com US$ 8,09 por m², seguido por Tijuana (México), US$ 7,98 e Buenos Aires (Argentina), com US$ 7,60.
Para conferir todos os resultados do setor de galpões industriais e logísticos de alto padrão de São Paulo do 3T de 2023, consulte o Buildings CRE Tool, o BigData do mercado de Real Estate.
Com informações da Folha de S.Paulo
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