As emissões de cotas pelos fundos de investimentos imobiliários (FIIs), especializados em shopping centers, já captaram R$ 1,8 bilhão neste ano. Esse levantamento é do Itaú BBA, publicado no Estadão.
Além do valor alto, também chama a atenção o fato de que as gestoras conseguiram arrecadar mais recursos do que os previstos inicialmente. Isso evidencia o apetite de investidores pelo segmento.
Esse apontamento está em linha com notícia recente do InfoMoney que apontou em relatório que, Maria Fernanda Violatti, chefe de análise de fundos listados do research XP, chama a atenção para o período de reavaliação patrimonial dos imóveis dos FIIs.
De acordo com a Instrução CVM 516/11, os fundos imobiliários são obrigados a realizar, pelo menos uma vez ao ano, a avaliação dos imóveis do portfólio. O procedimento serve para que o FII consiga estimar de forma profissional e atualizada o seu valor patrimonial. Isso representa a soma dos ativos menos suas obrigações financeiras.
Maria Fernanda explica que a redução da Selic – que caiu de 13,75% para 12,75% ao ano de agosto para cá – reduz a rentabilidade das aplicações de renda fixa que têm a taxa como referência. Além disso, eleva a procura por imóveis como alternativa de investimento. Isso contribui para a valorização cada vez maior dos espaços.
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XP Malls e Hedge Brasil Shopping
Para se ter ideia, o fundo XP Malls é o maior exemplo do bom resultado dessas captações. Em junho, ele finalizou uma oferta que pretendia captar R$ 200 milhões e acabou chegando a R$ 375 milhões.
Devido à procura, o fundo abriu uma nova captação para levantar mais R$ 450 milhões e alcançou R$ 562 milhões com os lotes adicionais.
Outro exemplo é o Hedge Brasil Shoppings. O fundo almejava uma oferta de R$ 500 milhões, mas terminou em R$ 607 milhões, em outubro.
De acordo com o Módulo Shoppings da Buildings, o FII XP Malls é administrado pelo BTG Pactual e tem como gestor comercial a XP Investimentos. Sua área compreende 382 mil m², distribuídos em 12 shoppings.
Já o FII Hedge Brasil Shopping é administrado e tem como gestor comercial a Hedge Investments. Sua área compreende 271 mil m², distribuídos em 9 shoppings.
Vinci Shopping Centers também se destaca
Por sua vez, o fundo Vinci Shopping Centers atingiu a marca de R$ 353 milhões, em linha com o lote inicial.
De acordo com o Módulo Shoppings da Buildings, o FII Vinci Shopping Center é administrado pela BRL Trust e tem como gestor comercial a Vinci Partners. Sua área compreende 766 mil m², distribuídos em 20 shoppings.
No momento, existem ao menos mais duas emissões de cotas em andamento. Uma delas é uma oferta do fundo Malls Brasil, cujo lote inicial é de R$ 200 milhões. E há a oferta inicial de cotas do recém-criado AJ Malls, de R$ 500 milhões.
O AJ Malls, por exemplo, foi criado para comprar uma participação relevante nos shoppings da Almeida Junior, em Santa Catarina.
Por sua vez, a Vinci usou o dinheiro para comprar fatias no Shopping Conjunto Nacional, em Brasília, o Natal Shopping e Via Sul, em Fortaleza, todos da Ancar Ivanhoe.
A Hedge fez quatro aquisições, entre eles o Shopping Jardim Sul, da Allos.
Saiba mais sobre o setor de shoppings
Para quem tem interesse no setor de shoppings centers, o Módulo Shoppings da Buildings, dentro da plataforma CRE Tool, reúne dados e informações de diversos shoppings do Brasil. Para saber mais, agende uma apresentação.
Além disso, dentro da Plataforma CRE Tool é possível consultar o novo painel de Cap Rate, funcionalidade que permite aos clientes a consulta da taxa de capitalização de uma potencial transação em determinado imóvel.
Notícia do Estadão
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