Globalizando os Padrões Internacionais da Construção

Como as novas definições podem ajudar o mercado imobiliário

A construção representa uma das maiores indústrias da economia mundial, com cerca de US$ 10 trilhões a cada ano. Com o aumento do investimento estrangeiro no Brasil, o setor evoluiu rapidamente de indústria local para global, porém muitas práticas não acompanharam o ritmo da mudança. Um exemplo é a forma como os custos de construção e projetos são relatados e classificados. Uma vez que estes variam significativamente de um mercado para o outro, é quase impossível comparar custos, o que dificulta a tomada de decisões e cria obstáculos para investimentos.

Em julho de 2017, um grupo de mais de 40 organizações sem fins lucrativos – abrangendo as áreas de arquitetura, construção, infraestrutura e engenharia civil, denominada International Construction Measurement Standards (ICMS) Coalition – se reuniu para resolver esse problema e para lançar os Padrões Internacionais de Medição da Construção (ICMS). A iniciativa global criou uma linguagem comum para o setor e definiu um sistema universal para a apresentação do custo dos projetos de construção, permitindo que as comparações sejam feitas de forma semelhante, como base entre países, aumentando a transparência, a confiança dos investidores e a confiança pública no setor.

De acordo com a Head de Desenvolvimento da RICS na América Latina, Marcia Ferrari, “a adoção de padrões internacionais permite que um profissional local responda, de maneira rápida e com total transparência, às demandas de um investidor internacional que quer fazer negócios no Brasil. A linguagem comum traz confiança e agilidade para todos os envolvidos no processo, contratante e contratado”.

Por que a indústria da construção precisa de um padrão internacional?

Profissionais do segmento de construção – entre eles, engenheiros, arquitetos, projetistas, responsáveis por gerenciamento, cálculo de custo entre outros – utilizam normas e incluem itens diferentes nos valores finais. Dependendo de onde o projeto é feito, por exemplo, os custos podem incluir, ou não, os valores de mão de obra, materiais, aquisição de terrenos, taxas profissionais e custos com clientes.

Conhecer os detalhes do projeto e entender os parâmetros que estão sendo utilizados na formatação do custo é uma medida vital para a compreensão do real montante do projeto, assim como do custo benefício. Por exemplo: para projetos de infraestrutura pública, os contribuintes precisam ter a certeza de que os players que participam das concorrências oferecem propostas equalizadas. Assim, eles conseguem saber se o decisor tomou a decisão certa, com base no custo benefício, assinando o melhor contrato possível e não somente o menor custo da concorrência, sem todos os itens contemplados.  As quatro principais formas que vão revolucionar a indústria da construção cívil são:

• Terminologias comuns;
• Formato de fácil compressão;
• Dados de custo padrão;
• Unificação de profissão, fragmentada em escala global.

Saiba mais no site https://icms-coalition.org.