Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #001

Apresentamos abaixo as principais e mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.

Após IPO em setembro, receita cai e lucro sobe na JSL Logística

Dia 12 de novembro, Valor Econômico

A JSL Logística, que abriu o capital em setembro, obteve receita líquida de R$ 733,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, segundo notícia publicada no Valor Econômico.

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JSL (foto/Divulgação)

O resultado representou queda de 6,3% no comparativo com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o faturamento da empresa foi de R$ 2 bilhões, recuo de 13,4%.

Segundo o CEO empresa, Fernando Simões, apesar da queda, a receita da companhia foi melhor do que o esperado. Ele ressaltou que grande diversificação de setores atendidos pela JSL fez com que o impacto da pandemia fosse minimizado.

No período o lucro líquido da JSL Logística foi de R$ 25,4 milhões, 12,4% superior ao apurado no terceiro trimestre de 2019. De janeiro a setembro, o resultado foi de R$ 48,1 milhões, queda de 41,9%.

O lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações, chegou a R$ 118,2 milhões, queda de 6% no comparativo com o terceiro trimestre de 2019. No acumulado do ano, o Ebitda foi de R$ 310,6 milhões, recuo de 20,8% em relação ao ano passado.

Você se interessa pelo mercado de securitização de recebíveis imobiliários?

Dia 11 de novembro, Revista Buildings

O mercado de securitização de títulos de crédito imobiliário surgiu em 1970 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no fim da década de 1990. O termo vem ganhando cada vez mais relevância entre os empreendedores do mercado imobiliário e por investidores do mercado de capitais.

recebiveis

A palavra em si derivou-se dos títulos de dívidas americanas denominados “securities” que, conceitualmente, é a conversão de créditos imobilizados em títulos de valor mobiliário (negociáveis).

Pode-se dizer, então, que se trata de um instrumento financeiro que permite a credores cederem seus créditos (recebíveis) para investidores, por meio da venda de títulos.

Esses títulos devem conter todas as informações a respeito dos créditos a serem cedidos para uma companhia securitizadora, conforme o art. 8º da Lei 9.514/1997, do Sistema de Financiamento Imobiliário. Os referidos títulos são denominados de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Segundo ministro do TST, o trabalhador fica à mercê do empregador no formato home office

Dia 11 de novembro, Folha de São Paulo

Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo, o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Alexandre Agra Belmonte, 61, disse que a legislação do home office precisa ser revista. Segundo ele, as regras atuais, em vigor desde a reforma de 2017, são insuficientes.

Home office

“O trabalho remoto, o home office, foi colocado à prova. É como se fosse um teste durante a pandemia [da Covid-19]”, afirma o ministro.

Integrante do Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), do governo Jair Bolsonaro, Belmonte afirma que mudanças foram apresentadas. “Há previsão de ajuste no teletrabalho”, afirma.

De cem medidas, 15 são prioritárias. Para 2021, segundo o ministro, os grandes temas da Justiça do Trabalho serão os acordos individuais do programa de manutenção do emprego e da renda, o próprio home office e a saúde do trabalhador.

Ainda falando sobre o tema home office, será que ele tende a ser uma prática permanente dentro do chamado “novo normal”?

Dia 11 de novembro, Revista Buildings

As empresas precisaram se reinventar para adaptar-se à nova realidade que a pandemia trouxe: o home office.

Quando a flexibilização nos escritórios começou, algumas organizações retomaram presencialmente as atividades (ainda que em formato de rodízio); outras estabeleceram o trabalho remoto como opção permanente até “segundas” ordens.

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Ambiente home office.

Seja como for, não se pode desconsiderar, no entanto, que apesar do home office ter sido um fator impulsionador para a realização do trabalho, nem tudo funciona tão bem para todos os profissionais.

Ao mesmo tempo em que alguns se sentem produtivos trabalhando em casa, outros sentem a sobrecarga de ter que conciliar o trabalho com as atividades domésticas, a presença dos filhos, e a falta de socialização com seus colegas e gestores.

Magazine Luiza supera B2W em vendas digitais

Dia 10 de novembro, Valor Econômico

De acordo com o Valor Econômico, o Magazine Luiza ultrapassou e se distanciou da B2W, controlada pelas Lojas Americanas, em vendas brutas on-line no terceiro trimestre, o chamado GMV, que reúne o valor transacionado no comércio eletrônico.

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O chamado GMV do comércio eletrônico é o principal indicador acompanhado pelo mercado de “marketplace” (shopping virtual) no mundo, foco central da disputa nas operações digitais.

As vendas totais em lojas e na operação digital no Magazine Luiza subiram 81%, para R$ 12,3 bilhões no período. Só a venda on-line atingiu R$ 8,2 bilhões, alta de 148,5%.

O montante é pouco mais de R$ 920 milhões superior ao registrado pela B2W no intervalo – R$ 7,3 bilhões, com avanço de 56%.

No trimestre anterior, o Magazine Luiza chegou a superar a B2W em vendas on-line, mas em apenas R$ 6 milhões, praticamente um empate.

De janeiro a setembro, o Magazine Luiza superou a B2W pela primeira vez (R$ 19 bilhões em GMV versus R$ 18,5 bilhões). A Via Varejo, dona de Casas Bahia e Ponto Frio, publica seus números amanhã, mas a empresa tem um marketplace menos desenvolvido que as rivais.

O Mercado Livre, líder em comercio eletrônico no país, não divulga o GMV no Brasil, mas a estimativa de analistas é que esse indicador tenha ficado entre R$ 16 bilhões e R$ 17 bilhões no terceiro trimestre – cerca de 50% da venda bruta no mundo, de R$ 33 bilhões (US$ 6 bilhões) – portanto, o dobro da venda de Magazine de julho a setembro.

Enquanto o Magazine cresceu 148% em GMV, o Mercado Livre avançou 74% e a B2W, 56%. Na receita líquida, as taxas foram de 71%, 112% e 58,5%, respectivamente.

Credit Suisse avalia novas aquisições de lojas

Dia 10 de novembro, Valor Econômico

Segundo o Valor Econômico, a Credit Suisse avalia a compra de lojas de outras redes de varejo, por meio do fundo CSHG Renda Urbana, após concluir na última sexta-feira, 06, a aquisição de 66 lojas das Pernambucanas por quase R$ 455 milhões.

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De acordo com Augusto Martins, diretor da área de real estate da CSHG, há interesse em ativos da área de construção civil, varejo “pet”, brinquedos e decoração.

Entre essas operações, está o Grupo Big (ex-Walmart) – que já vendeu 10 lojas ao fundo da CSHG em 2019 – e está disposto a fechar novos acordos com suas lojas.

O fundo CSHG Renda Urbana já captou cerca de R$ 2,3 bilhões e o total de ativos em fundos imobiliários administrados pela CSHG chega a R$ 9,2 bilhões.

Em setembro, o GPA, dono das redes Pão de Açúcar, Extra e Assaí, concluiu a venda de 39 lojas para o fundo imobiliário TRXF11 por R$ 1,18 bilhão. Agora, o fundo conta com 43 imóveis em 11 Estados – a maioria, lojas do Pão de Açúcar e do Assaí. Em dezembro de 2019, foram vendidas outras 6 lojas do Pão de Açúcar para a Rio Bravo Investimentos.

O movimento de gestoras sondando varejistas cresceu de um ano e meio para cá, na tentativa de formar carteiras com lojas já locadas a grandes grupos, que apresentam baixo risco e retornos de longo prazo. Os contratos de aluguel com as redes costumam ser de 10 a 20 anos, renováveis.

A queda na taxa de juros acabou aumentando o interesse nesses negócios, apesar do cenário pandêmico atual que gerou a revisão temporária dos valores de locação. Isso afetou rendimento dos fundos do setor de shoppings e de varejo após março, segundo relatórios de desempenho das gestoras arquivados na Comissão de Valores Mobiliários.

Eztec suspende IPO da Ez Inc e culpa alta volatilidade dos mercados

Dia 10 de novembro, Money Times

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(Imagem: Divulgação/Eztec)

Conforme publicado no Money Times, a Eztec (EZTC3) suspendeu o IPO da sua subsidiária Ez Inc, de acordo com fato relevante enviado ao mercado na última terça-feira, dia 10.

A empresa informou que a interrupção ocorreu devido a alta volatilidade dos mercados brasileiro e internacional.

Só nesta semana, mais duas empresas desistiram de realizar os seus IPOs: a Le Biscuit e a construtora BRZ. Com isso, a Ez Inc se junta a um grupo de 20 empresas que cancelaram a abertura de capital na Bolsa neste ano.

Quinto Andar anuncia compra do portal especializado SíndicoNet

Dia 09 de novembro, Exame

Segundo a Exame, o Quinto Andar (startup considerada a maior imobiliária digital do Brasil) anunciou a compra do SíndicoNet, companhia especializada em conteúdo e marketplace de serviços para condomínios.

Sindiconet

Julio Paim, fundador do SíndicoNet, entre os co-fundadores Marjorie Albuquerque e André Agostinho (SíndicoNet/Divulgação)

Segundo o comunicado, a empresa vai continuar atuando de forma independente, sem mudanças em sua estrutura operacional. Com isso, o fundador e os co-fundadores do SíndicoNet continuarão à frente do negócio, que receberá investimentos para acelerar expansão e ampliar oferta de serviços para condomínios.

O investimento não teve seu valor divulgado. O objetivo é de unir a experiência e a rede de relacionamento e de parceiros do SíndicoNet com a cultura de inovação da nova controladora.

“Essa é uma oportunidade única para o SíndicoNet. Vamos absorver e trocar muito conhecimento e experiências com o QuintoAndar, que é referência em inovação e visão de mercado”, disse Julio Paim, fundador.

Hoje, o Quinto Andar tem mais de 30 bilhões de reais em ativos sob sua administração e opera em 30 cidades nas nove principais regiões metropolitanas do país. Enquanto isso, o SíndicoNet recebe mais de 1 milhão de visitas por mês, além de promover a capacitação de síndicos e controlar o CoteiBem, um marketplace para cotações de serviços de manutenção e gestão predial com mais de 5.000 fornecedores catalogados e avaliados por síndicos e administradoras de condomínios em mais de 200 cidades do Brasil.

Mitre terá lançamentos de R$ 900 milhões

Dia 08 de novembro, Exame

O bom ritmo de vendas de imóveis levou a Mitre Realty – incorporadora com atuação nos segmentos de média e média-alta renda na cidade de São Paulo – a lançar o valor recorde de R$ 456,4 milhões, no terceiro trimestre.

Fabrício Mitre

Além disso, a empresa estimou a apresentação de projetos, no quarto trimestre, que devem somar Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 440 milhões.

De acordo com o Valor Econômico, o total a ser lançado, no acumulado deste ano, perto de R$ 900 milhões, é inferior à expectativa anterior à pandemia de covid-19, entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão. Contudo, esse valor supera a percepção da Mitre, no início da quarentena, e os R$ 700 milhões de 2019.

Assim como outras incorporadoras de mesmo perfil, a Mitre começou a apresentar projetos ao mercado apenas no terceiro trimestre, em decorrência das incertezas trazidas pela pandemia. Vale lembrar também que os estandes ficaram fechados, em São Paulo, durante parte do segundo trimestre.

De julho a setembro, a companhia registrou vendas líquidas de R$ 256 milhões, o que representa crescimento de 394%, na comparação anual, e de 638% ante o intervalo de abril a junho.

A demanda represada por imóveis dos padrões médio e médio-alto contribuiu para o bom desempenho de lançamentos e vendas, mas a queda dos juros tem se mostrado como o principal fator para atrair compradores finais e investidores.

Neste reaquecimento do mercado, tem havido, a antecipação do fluxo de pagamentos, com desembolso de 54% antes da entrega das chaves. Na tabela padrão, 30% do valor do imóvel é pago durante a construção, enquanto 70% é financiado.

“No caso de investidores, a parcela, durante as obras, está chegando a patamar de até 80%”, afirma Rodrigo Cagali, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa.

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