Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #23

Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.

CEO do UBS espera maioria da equipe no escritório no 2º semestre

27/04 – Bloomberg pelo Yahoo Finanças

O diretor-presidente do UBS, Ralph Hamers, disse que a maioria dos funcionários do banco poderia estar de volta aos escritórios no segundo semestre deste ano. Apesar disso, ele destaca que o padrão futuro de colaboração provavelmente seja uma combinação de trabalho na empresa e em casa.

Foto: Wikimedia Commons

“Todos nós aprendemos com a pandemia que podemos trabalhar em casa e no escritório, e sempre será uma combinação daqui para a frente”.

Hamers explicou em entrevista, que eles estão continuamente diminuindo seu espaço físico.

Isso ocorreu depois que o banco divulgou um impacto inesperado de US$ 774 milhões de dólares resultante do colapso do family office Archegos Capital Management.

Com o avanço da vacinação global e a esperança do fim da pandemia, bancos de investimento consolidam planos que combinam trabalho virtual e presencial e repensam suas necessidades de escritórios caros.

O UBS destacou que até um terço de seus quase 72 mil funcionários em 50 países poderiam trabalhar remotamente em uma base permanente.

Sabine Keller-Busse, responsável por serviços bancários pessoais e corporativos, disse que para algumas funções, como banqueiros que preparam uma oferta pública inicial, estar presente fisicamente continuará sendo importante, enquanto relações de consultoria com clientes ricos poderiam ser mantidas virtualmente.

71% acreditam em recuperação da economia só a partir de 2022, diz CNI

28/04 – Folha de S.Paulo

A lentidão da campanha de vacinação e um recrudescimento da pandemia têm pesado nas expectativas da população, e 7 em cada 10 brasileiros dizem acreditar que a economia irá se recuperar só a partir de 2022.

Foto: Havolene Valinhos/Folhapress

Esse levantamento foi realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Quando a mesma pergunta foi feita em julho do ano passado, 61% responderam que a economia brasileira deveria se recuperar dos efeitos da crise da saúde em até dois anos ou mais.

Robson Braga de Andrade, presidente da entidade, destacou que “Só a imunização em massa da população vai recolocar o Brasil no caminho da retomada da economia”.

Os dados apontam que 83% dos entrevistados consideram o ritmo de vacinação no país lento ou muito lento e 21% dizem acreditar que serão vacinados apenas no ano que vem.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, revisou o calendário de vacinação e adiou o fim da imunização do grupo prioritário em quatro meses, de maio para setembro.

​​Andrade, da CNI, ressalta que é preciso avançar na execução do Plano Nacional de Imunização, respeitando a ordem dos grupos prioritários, para que a população consiga recuperar a confiança.

Nesta pesquisa, 41% dos entrevistados disse que tem “Medo de perder o emprego”; e também 41% apontou que “houve impacto nos salários”.

O levantamento foi feito em parceria com a FSB Pesquisa.

Segundo a instituição, a pesquisa impossibilite afirmar que o ritmo de vacinação tem postergado a recuperação da economia, ela é medida fundamental “não só do ponto de vista do enorme custo humano que a pandemia impõe, mas também fundamental para a retomada da economia”.

Em relação ao processo de reabertura de estabelecimentos comerciais e de ensino, a maioria aprova o funcionamento do comércio de rua (61%).

A maior parte, no entanto, é contra a abertura de shoppings (57%), salões de beleza (51%), academias (62%) e bares e restaurantes (60%).

A pesquisa ouviu, por telefone, 2.010 pessoas, de 16 a 20 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

MP libera férias antecipadas, suspensão do FGTS, home office e banco de horas

28/04 – A Gazeta

O governo federal publicou na última quarta-feira, 28, no Diário Oficial da União, a Medida Provisória, MP, 1.046, que altera regras trabalhistas. O objetivo é preservar empregos em meio à pandemia, e permitir a antecipação de férias e feriados, além de adiamento do recolhimento do FGTS, entre outras ações.

Foto: Fernando Madeira

As medidas que poderão ser adotadas pelas empresas são: teletrabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas, aproveitamento e antecipação de feriados, adoção de banco de horas, suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, e adiantamento do recolhimento do FGTS.

Na prática, o texto é uma reedição da MP 927 de 2020, e permite a flexibilização das normas trabalhistas durante um período de 120 dias, que pode ser prorrogado por igual prazo.

Segundo o advogado especialista em direito trabalhista e empresarial, Guilherme Machado, essas medidas são de suma importância.

“Muitos empregadores estão demitindo seus funcionários já com salários atrasados porque, em função da crise, não tiveram como pagar. Muitos trabalhadores nem sequer estão conseguindo receber suas verbas rescisórias”.

Ele observa, ainda, que essas medidas são essenciais para permitir um fôlego às empresas e diz que elas já deveriam ter sido autorizadas.

Expansão da demanda leva a Log a acelerar aportes de R$ 1,5 bi de reais

29/04 – Diário do Comércio

A Log Commercial Properties, empresa que atua na incorporação, construção, comercialização de condomínios logísticos, que tem os donos da MRV como principais acionistas, continua sendo beneficiada pelo forte crescimento do setor logístico no País, especialmente relativo ao comércio eletrônico.

O crescimento intenso do setor logístico no País, junto com o comércio eletrônico, alavanca o desempenho da Log Commercial Properties | Crédito: Divulgação

Demandas e projetos estão aquecidos de tal maneira, que os investimentos de R$ 1,5 bilhão previstos pela companhia até 2024 deverão ser concluídos até o fim do ano que vem.

De acordo com o CEO da Log, Sérgio Fischer, para este exercício estavam previstos R$ 500 milhões de reais, valor alcançado apenas nos três primeiros meses do ano.

Assim, a empresa já prevê o adendo de outros R$ 250 milhões de reais e deverá encerrar 2021 com, pelo menos, R$ 750 milhões de reais aportados no aumento da Área Bruta Locável.

Isso tudo dentro do escopo do plano “Todos por um”, rebatizado pela companhia para “Todos por 1,4”, que previa a construção de 1 milhão de metros quadrados de galpões entre 2020 e 2024 e cuja meta, agora, é construir 1,4 milhão de ABL no período.

Conforme o ritmo dos aportes, a previsão de Fischer deverá se confirmar.

O executivo disse em maio do ano passado que embora ainda fosse cedo para entender como a demanda iria se comportar no restante do ano, a empresa já prospectava terrenos em novas regiões para construção de galpões para além dos 1 milhão de metros quadrados de ABL previstos quando do lançamento do plano de expansão da companhia, lançado em 2019. Segundo ele:

“Podemos, eventualmente, até expandir nosso plano de expansão. Não sabemos ainda se dobrando ou ampliando em 50%”.

Segundo ele, já estão prevendo R$ 750 milhões de reais para este ano e outro grande volume para o ano que vem. Ou seja, possivelmente terão os R$ 1,5 bi bilhão de reais até o final de 2022.

Por fim, ele destaca que o mais importante é que já existem projetos espalhados por todas as regiões do País e Minas Gerais está com uma participação relevante.

Crescimento e inflação criam oportunidade de investimento em REITs, os “fundos imobiliários” dos EUA

29/04 – Seu Dinheiro

Aliado ao bom resultado do programa de vacinação, a economia nos Estados Unidos vem surpreendendo os analistas do mercado de forma consecutiva, evidenciando uma retomada acelerada após a aprovação do pacote fiscal de “apenas” US$ 1,9 trilhão de dólares.

Imagem: Banco free

Um dos indicadores mais utilizados para exemplificar esse desempenho é a redução do número de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA. Há, ainda, quem estime um crescimento do PIB americano na casa de 8% para este ano, o que seria um valor histórico.

Sob esse potencial de crescimento econômico americano, é claro que os imóveis se encaixam perfeitamente neste contexto: além da proteção dos contratos contra o aumento dos preços, as lajes tendem a se valorizar cada vez mais com o aquecimento da economia e com o avanço do pacote de infraestrutura do presidente Joe Biden.

Mas, como se expor ao mercado imobiliário americano de forma inteligente?

Os REITs (Real Estate Investment Trust), também conhecidos como “fundos imobiliários americanos” são uma boa oportunidade.

Eles foram criados na década de 1960 para fomentar os investimentos em um dos setores mais importantes da economia, o imobiliário. Para se enquadrar como um REIT, uma empresa deve ter a maior parte de seus investimentos ligada ao setor imobiliário e distribuir pelo menos 90% de seu lucro tributável aos seus cotistas.

No Brasil, o percentual que os FIIs são obrigados a distribuir é um pouco maior (95%).

Além disso, os REITs devem ser administrados por um conselho de diretores ou administradores; ter um mínimo de 100 investidores; não ter mais de 50% de suas cotas detidas por cinco ou menos cotistas; e investir ao menos 75% de seus ativos em produtos imobiliários, que devem ser responsáveis por pelo menos 75% da receita bruta do REIT.

Para ter uma noção do tamanho desse mercado nos EUA, o principal índice dos REITs, tem valor de mercado de aproximadamente US$ 1,37 trilhão de dólares, contra modestos R$ 90,85 bilhões de reais do Ifix — um abismo de diferença, e também um gostinho de quanto o mercado interno pode evoluir.

ARTIGOS BUILDINGS

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Nesta semana produzimos um novo vídeo sobre o mercado de escritórios em Porto Alegre.

Este é o sétimo vídeo da nossa Série Cidades, disponível no Youtube. Já analisamos o mercado de escritórios de Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Recife.

Confira os demais vídeos da Série Cidades:

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